
O menino encantado
Alemberg Quindins com 5 anos de idade teve um sonho. Ao acordar do sonho, pediu a sua mãe um dinheiro para tirar uma fotografia em um fotógrafo ambulante de feira e marcar aquele dia … desde então, ele nunca mais deixou de caminhar dentro de seu sonho.
Assim cresceu menino em uma dessas pequenas cidades fora do mapa do Brasil. Aos 9 anos inventou uma pequena editora de revista em quadrinhos e um cineminha de sombra de forma artesanal cobrando por acesso às suas invenções palitos de fósforos, encontrando uma forma de participar da economia doméstica de sua casa e trazer entretenimento cultural para as crianças de sua infância.
Em 1983 com 18 anos conheceu Rosiane Limaverde, que quando criança catava cacos de panelas indígenas brincando pelos mato, chegando a ser uma arqueóloga quando cresceu. Juntos auscultaram a paisagem sonora da Chapada do Araripe e criaram músicas que cantavam e contavam histórias mitológicas do povo antigo do lugar.
Em 1992 criaram a Fundação Casa Grande - Memorial do Homem Cariri para ensinar arte e mitologia Kariri para as crianças da região.
"A casa Grande é uma beija-flor que suga o néctar da Chapada do Araripe e espalha sobre seu Vale."